Poema "Sopro": A "Ferida que não Sangra"
Uma jornada poética pela 'erosão' da sobrecarga sensorial

Sopro
As vezes um vento sopra em meu coração
Ele vem manso, mas muito, muito frio
Corpo e espirito se friccionam num arrepio
E eu sinto a funesta dor da erosão
É um vento seco a ferir a lucidez
Onde bate aquece, esfria, perturba
Tão denso, todas as barreiras derruba
São tantas as marcas da sua rispidez
Nessa ferida que não fecha nem sangra
Toda a minha emoção se esfrega
no âmago de toda essa confusão
Quando o vento passa, no corpo esgotado
Balança um espírito atônito e angustiado
Embriagado pelas tumultuadas emoçõesPoema “Sopro”: O Grito Silencioso da “Deficiência Invisível”
“Sopro” é um poema que, para mim, à luz da neurodivergência e, mais especificamente, do diagnóstico de TEA (Transtorno do Espectro Autista), se torna um espelho de uma alma em sua mais visceral vulnerabilidade. Mais do que versos, “Sopro” é um grito silencioso. E como tal, foi relegado às gavetas de recordações da juventude que não ousamos compartilhar.
Comumente, esses guardados escondem fotos com cortes de…



