Não me importa o chão
( Ao professor Sérgio Kirdziej, Escola de música e Belas Artes do Paraná)
Ao se torcer a língua irrompe sob a espuma a labareda Vida e devastação À sombra e à fumaça não cumpre criar raízes A percepção vergastada no suporte distingue uns poucos matizes Fixo-me só em linhas transitórias Pés ressentidos do peso da matéria não adentram os meandros das ideias Ademais todos os dias uma folha do plátano esfarela-se na passarela de cimento



