Concha
Uma reflexão profunda sobre a natureza da voz poética...e da voz feminina. Mais um poema de TEA menina. Este evidencia a busca de uma vida por voz e poesia.
Esgrafito
Mas eu só tenho essa voz em riste Baixa para as orquestrações do gênero Não sai pelos cotovelos porquê insiste percutir o tecido esponjoso do úmero Revoada de bando canoro sem harmonia que se articula num céu rosa exíguo distende e rufla portentosa anatomia cuja extensão é meu algoz e jazigo As notas pluma e aragem da tessitura soam compêndio de trinados imbecis E em ondas revela-se a caricatura Cobra silêncio a fatura em decibéis Mas eu só tenho essa voz em riste baixa para orquestrações de fêmea E eu só existo porquê ela insiste e em convencer-me ela é exímia



