Catapulta
Poema de 2016. Fruto da ruminação pós discussão sobre o rateio de despesas da e uma exposição de alunos.
É relativa a posição
persecutória nesse
círculo vicioso
Vítima? Eu não.
Talvez no interesse
de escapar do grifo
desse mundo cão
eu tenha subvertido
o raio dessa sina
de ser presa titular
da confusão e agora
eu cace. E tripudie e
pirrace . Sem perder.
É certa a dúvida
quando não há
parâmetro melhor
do que o desmedido
diâmetro do desconforto
Mas há um incomodo
na prática de qualquer
desporto, e um deleite
no limite ultrapassado
De certo há que razão,
emoção e verdade são
o triângulo obtuso
a penetrar o perímetro
E ser língua, faca ou aríete
é decisão do centro
cada vez mais escuro
de tanto espreitar
o ângulo abstruso
E a sombra me faculta
arremessar pedras ou
flores dessa catapulta
de rodear sentidos
e comportar o cerco
Vítima? Não. Afronto
esse desígnio. Vou de
encontro prevenida
e se preciso alterco


