Fossem malabares dançaria faixas alternadas grafismo menina multicor a pipanoar pelos ares deboche de meias listradas faísca frufru sapatilha Só ilha de vida no asfalto Fosse do alto desceria em feixes desfiaria em panos a apologia do deslize e da perícia que dissimula o esforço e fixa a beleza fugidia até no escorço improvável Fosse calibrável o senso por um fio na trama dos olhares que pleiteiam o mergulho secando a linha reta deixaria a perna bamba de tanta corda e tanto fôlego a desfiar a malha Se não me falha a percepção desgastada existem outras modalidades Não nomeio as peripécias todas que mantém o espetáculo de viver no encalço do auge e da surpresa Só tenho a certeza de me chacoalhar a vibração sonora dum festival de risos enquanto equilibro na graça dos mímicos meu nariz ridículo híbrido palhaço sobre o monociclo a gritar com as mãos a tragicomédia dos amores vãos Lábios encerados num esgar carmim cedem a palavra aos movimentos táticos que calam bem fundo a malfadada sina de ser arlequim quando já fomos mágicos
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